Faculdade
de Psicologia e de Ciências da Educação – Universidade de Coimbra |
Mestrado
Integrado em Psicologia |
METODOLOGIA DA INVESTIGAÇÃO EM
PSICOLOGIA I |
Docentes:
Prof. Doutor Valentim R. Alferes E-mail: mipsicol1@gmail.com |
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O objectivo principal das unidades
curriculares de Metodologia da Investigação em Psicologia I e II consiste
no desenvolvimento e aperfeiçoamento das competências teóricas e técnicas
necessárias para a prática da investigação científica no domínio das ciências
psicológicas, através do estudo sistemático dos processos fundamentais e
das estratégias específicas de planeamento, realização, análise,
interpretação e apresentação dos resultados. Mais exactamente, pretende-se
que, no final das unidades curriculares, os alunos estejam em condições de: |
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(1) |
equacionar e delimitar um problema em
estudo, situando-o teoricamente e analisando de forma crítica as
investigações de que foi objecto; |
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(2) |
elaborar um projecto de investigação,
com indicação clara dos objectivos e adequada fundamentação das hipóteses a
testar; |
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(3) |
construir e executar um plano de
investigação, respeitando as condições necessárias ao estabelecimento da validade
das inferências, incluindo a operacionalização das variáveis e a elaboração
cuidada das “instruções”; |
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(4) |
recolher, organizar e tratar
estatisticamente os dados da investigação; |
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(5) |
interpretar e discutir os resultados,
extraindo conclusões e implicações pertinentes; |
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(6) |
apresentar correctamente o relatório
final de investigação. |
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Nota:
As rubricas 1 e 2 integram o programa de MIP I, ao passo que a rubrica
3 é objecto do programa de MIP II.
As rubricas 4 e 5 são transversais às duas disciplinas. |
Metodologia da Investigação em Psicologia I
1.
INTRODUÇÃO: EPISTEMOLOGIA E METODOLOGIA 1.1. Considerações preliminares de natureza
epistemológica 1.2. Teorias e hipóteses científicas. Programas
de investigação. 2. METODOLOGIA GERAL: ESTRATÉGIAS DE
INVESTIGAÇÃO 2.1. Investigações experimentais 2.1.1.
Das hipóteses científicas à planificação das experiências 2.1.1.1. Variáveis independentes 2.1.1.2. Variáveis dependentes 2.1.1.3. Planos experimentais: Aspectos gerais. 2.1.2. Validade das investigações experimentais 2.1.2.1. Definição e dimensões da validade 2.1.2.2. Validade estatística 2.1.2.3. Validade interna 2.1.2.4. Validade teórica 2.1.2.5. Validade externa 2.1.2.6.
Relações entre as quatro dimensões da validade. Problemas de
terminologia e questões epistemológicas. 2.1.3. Planos experimentais 2.1.3.1. Planos unifactoriais 2.1.3.2. Planos multifactoriais 2.1.3.3. Planos aleatorizados com uma ou mais
covariáveis 2.1.3.4. Planos com mais do que uma variável
dependente 2.1.3.5. Tipologia das análises da variância e da
covariância 2.1.4. Dos problemas teóricos aos problemas éticos
subjacentes à experimentação. 2.1.4.1.
Relação entre impacte e controlo experimental. Realismo experimental,
realismo psicológico e realismo mundano. Artificialidade e trivialidade. 2.1.4.2.
Experiências que envolvem sofrimento e logro (deception).
Justificações, críticas e alternativas. A entrevista pós-experimental. 2.1.4.3. Questões éticas e deontológicas 2.2. Investigações quasi-experimentais 2.2.1.
Características específicas. Problemas de validação e relevância
prática. 2.2.2. Planos quasi-experimentais 2.2.2.1. Planos com grupo de controlo não
equivalente 2.2.2.2. Planos de séries temporais interrompidas 2.2.2.3. Planos de séries temporais e estudo
científico dos casos individuais 2.2.2.4.
Combinação dos planos de séries temporais interrompidas com os planos
com grupo controlo não equivalente 2.2.3. Planos quasi-experimentais e investigação
de campo. “Investigação-acção”. Avaliação de programas de intervenção. 2.3. Investigações não experimentais 2.3.1.
Características específicas. Problemas de validação e relevância
prática. 2.3.2. Limitações dos ex post facto designs 2.3.3. Quantificação da covariação 2.3.3.1.
Coeficientes de correlação: Significação estatística e variância
partilhada. Relações não lineares. 2.3.3.2. Outras medidas de associação 2.3.4. Correlação, previsão e causalidade.
Coeficientes de determinação e coeficientes de regressão. O problema da
inferência causal a partir da covariação: Direccionalidade e “terceira
variável”. Soluções parciais para o problema da inferência causal. 2.3.5. A interpretação causal de dados
correlacionais: Análise da regressão múltipla e “modelação causal” (causal modeling). |
Metodologia da Investigação em Psicologia II
3. Metodologia
específica: Técnicas de recolha de informação # 3.1.
Tipologia e funções das técnicas de recolha de informação 3.2.
Estudo de documentos 3.2.1. Natureza e quantidade dos documentos a
analisar 3.2.2. Selecção de documentos e constituição de
bases de dados 3.2.3. Da análise documental à análise de
conteúdos: Hipóteses de investigação e modelos de análise. 3.3.
Observação sistemática 3.3.1. Parâmetros da observação: Funções,
autor(es), objecto, grau de inferência, tipo de notação, situação, grau de
liberdade e momento da observação. 3.3.2. Técnicas de registo do comportamento e
construção de grelhas de observação 3.3.3. Observação participante: Problemas
metodológicos e técnicas específicas. 3.3.4. Processamento dos dados da observação,
modelos de análise e problemas de validação 3.4.
Inquérito 3.4.1. Dos objectivos da investigação à formulação
das hipóteses 3.4.2. Questões e conceitos 3.4.2.1. Operacionalização das
hipóteses 3.4.2.2. Conteúdos do inquérito
3.4.2.2.1.
Natureza da informação 3.4.2.2.2.
Tipos de questões 3.4.2.2.3. Indicações práticas
e erros comuns a evitar na redacção das questões 3.4.3. População e amostra 3.4.3.1. Inquéritos
“analíticos” e inquéritos “enumerativos”. O problema da representatividade
das amostras. 3.4.3.2. Técnicas de amostragem
probabilística. Planos de amostragem, tamanho da amostra e intervalos de
confiança. 3.4.3.3. Técnicas de amostragem
não probabilística 3.4.4. Modos de administração 3.4.4.1. Entrevista 3.4.4.2. Questionário 3.4.4.3. Variantes e
combinações dos modos de administração. Condicionantes psicossociais e
coordenadas espácio-temporais da situação de administração. 3.4.4.4. O uso da metodologia
do inquérito na análise de “histórias de vida” 3.4.5. Apuramento, codificação e processamento das
respostas 3.4.6. Modelos de análise e problemas de validação 4.
Revisão e análise crítica da literatura científica 4.1. Estrutura e características fundamentais de
um relatório de investigação 4.1.1. Aspectos formais e organização 4.1.2. Critérios para avaliação dos conteúdos 4.1.3. Indicações práticas: Redacção e
apresentação para efeitos de publicação. 4.2. Análise “qualitativa” da literatura
científica 4.2.1. Estratégias e dificuldades na pesquisa
bibliográfica. Consulta de bases de dados bibliográficos. 4.2.2. Revisão crítica da literatura e natureza
dos projectos de investigação 4.3. Análise “quantitativa” da literatura
científica: Introdução à meta-análise. 5. Conclusão: Das políticas de INVESTIGAÇÃO e de
publicação à análise social das práticas científicas |
Fundamental
[01a] |
Alferes, V. R. (1997). Investigação
científica em psicologia: Teoria e prática. Coimbra: Almedina. |
[01b] |
Alferes, V. R. (2012). Methods of randomization in
experimental design. |
[02] |
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ed.). Statistical Methods in Psychology Journals:
Guidelines and Explanations |
[03] |
Bickman, L., & Rog, D. J.
(Eds.).(1998). Handbook
of applied social research methods. |
[04] |
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Cohen, P., West, S. G., & Aiken, L. S. (2003). Applied
multiple regression/correlation analysis for the behavioral sciences (3rd ed.). |
[05] |
Crano, W. D., &
Brewer, M. B. (2002). Principles
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[06] |
Hoyle,
R. H., Harris, M. J., & Judd, C. M. (2002). Research
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[07] |
Kirk, R. E. (1995).
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[08] |
Rosnow, R. L.,
& Rosenthal, R. (1998). Beginning
behavioral research: A conceptual primer (3rd ed.). |
[09] |
Shadish, W. R., CooK, T. D., & Campbell, D. T. (2002). Experimental and
quasi-experimental designs for generalized causal inference. |
[10] |
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ed. – 2016] |
Complementar
[11] |
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Coimbra: Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação [NIIPS – Cadernos
de Metodologia da Investigação, 1]. |
[12] |
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[13] |
Barlow, D. H., & Hersen, M. (1984). Single case experimental designs (2nd
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Pergamon. |
[14] |
Campbell,
D. T., & Stanley, J. C. (1966). Experimental and
quasi-experimental designs for research. |
[15] |
CooK, T. D., & Campbell, D. T. (1979). Quasi-experimentation:
Design and analysis issues for field settings. |
[16] |
Gilbert, D. T., Fiske, S. T., & Lindzey,
G. (Eds.).(1998). Handbook of social psychology (4th
ed., Vol. 1). |
[17] |
|
[18] |
Howell, D. C. (2007). Statistical methods for psychology (6th
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[19] |
Kiess, H. O. (2001). Statistical concepts for the
behavioral sciences (3rd ed.). |
[20] |
Kiess, H. O., & Bloomquist, D. W.
(1985). Psychological research methods: A
conceptual approach. |
[21] |
Neale, J. M., & Liebert,
R. M. (1986). Science
and behavior: An introduction to methods of research (3rd
ed.). |
[22] |
Nicol, A.
A., & Pexman, P. M. (1999). Presenting your findings:
A practical guide for creating tables. |
[23] |
Nicol, A.
A., & Pexman, P. M. (2003). Displaying
your findings: A practical guide for creating figures, posters, and
presentations. |
[24] |
Nunnally, J. C., & Bernstein, I. (1994). Psychometric
theory (3rd ed.).
New York: McGraw Hill. |
[25] |
Reis, H. T., &
Judd, C. M. (Eds.).(2000). The handbook of
research methods in social and personality psychology. |
[26] |
Rosenthal,
R., & Rosnow, R. L. (1991). Essentials of psychological
research: Methods and data analysis (2nd ed.). |
[27] |
Sales, B. D., & Folkman, S. (Eds.).(2000). Ethics
in research with human participants. |
[28] |
Stevens, J. (2002). Applied
multivariate statistics for the social sciences (4th
ed.). |
[29] |
Tabachnick, B. G., & Fidell, L. S. (2007). Experimental
design using ANOVA. |
[30] |
Tabachnick, B. G., &
Fidell, L. S. (2007). Using
multivariate statistics. (5th ed.) |
Material de Apoio / Documentos da Disciplina
Documentos online
das disciplinas de Metodologia da Investigação em Psicologia I e II |
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